Fasciopatia plantar, também conhecida como fasciite plantar, geralmente apresenta-se como uma dor pontual na região da planta do pé, mais comumente na região do calcâneo.
Lesão comum que pode acometer uma em cada dez pessoas durante a vida. Dentre as pessoas acometidas, podemos ressaltar alguns fatores que podem influenciar o início dos sintomas, os quais são denominados fatores de risco intrínsecos, que não são modificáveis e os extrínsecos, que são modificáveis. Os fatores intrínsecos podem ser alto índice de massa corporal, diminuição de movimento do tornozelo, esporão de calcâneo, compressão nervosa e algumas disfunções genéticas e os extrínsecos estão relacionados com o calçado, esportes, corrida, por exemplo, estilo de vida e ocupação e algumas deformidades instaladas.
As principais queixas podem surgir no primeiro passo do dia devido ao período de inatividade, durante ou após atividades de alto impacto, dor a palpação na fáscia plantar e, consequentemente, o medo e/ou incapacidade de exercer as atividades de vida diária.
Cerca de 90% das fasciopatias são resolvidas com o tratamento conservador e cerca de 95% das pessoas afetadas possuem melhora dentro de 12 meses. Raramente a opção de escolha é a cirúrgica devido o sucesso da maneira não invasiva.
Como tratamento conservador, a fisioterapia tem papel importante com condutas específicas como manutenção ou aumento da amplitude de movimento de articulações deficitárias, assim como a musculatura responsável por estabilização e distribuição de carga e reeducação de padrões de atividades funcionais, seja de vida diária ou esportiva.
Plantar fasciopathy: a current concepts review Monteagudo M. et al. – Foot and Ankle – 2018.