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A DOR FEMOROPATELAR EM CORREDORES

De acordo com a Confederação Brasileira de Atletismo, a corrida de rua tem crescido no Brasil, tanto pelo número de provas que são realizadas (oficiais ou não) como pelo constante aumento do número de participantes em todas as provas. Estima-se que atualmente existem aproximadamente 2 milhões de praticantes regulares. Em virtude desse crescimento, o interesse científico não tem se restringido exclusivamente aos corredores de elite, mas também às pessoas com atividade de treinamento moderado, denominados corredores amadores. A combinação do esforço repetitivo, acréscimo do treinamento inveterado e o aumento do número de corredores contribuiu para o aumento de lesões relacionadas a essa prática. De acordo com pesquisas recentes a taxa de incidência global de lesões de membros inferiores está entre 19,4% e 79,3%, e a maioria está classificada como uso excessivo podendo ser atribuída a erros de treinamento, fatores anatômicos ou biomecânicos. A dor femoropatelar é um dos distúrbios do joelho que mais afetam os corredores. Seus sintomas consistem em dor difusa na face anterior do joelho, normalmente ao longo da patela. Esses sintomas são decorrentes de alterações estruturais ou biomecânicas da articulação, sendo exacerbada por atividades como descer e subir degraus, sentar por um período prolongado, agachar ou ajoelhar. Essa patologia acomete atletas e não atletas e representa um problema comum no joelho de adolescentes e adultos jovens fisicamente ativos. Sua causa ainda não está claramente estabelecida, porém, destacam-se as alterações biomecânicas, que vão promover desequilíbrio estático e dinâmico na articulação, com ênfase a insuficiência do vasto medial oblíquo e vasto lateral, displasia troclear, pronação subtalar excessiva, aumento do ângulo Q, torção tibial externa, retração do retináculo lateral, valgismo e rotações de joelho e de patela; O equilíbrio na atividade neuromuscular entre os músculos vasto medial oblíquo e vasto lateral oblíquopode ser considerado um importante fator durante a cinemática patelar. Em relação a articulação do quadril, os déficits de ativação muscular que favorece ao aumento do valgo dinâmico, promove maior adução e rotação interna dessa articulação favorecendo um maior número de lesões. Os atletas que registram um menor índice de lesões em membros inferiores apresentam maior força de abdutores e rotadores externos do quadril, sendo a fraqueza dos glúteos podem predispor a ocorrência dessa lesão.
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